terça-feira, dezembro 15

Manuela sente que foi “asfixiada”



Jornalista disse que se respondesse às questões do Regulador teria de desmentir administração da TVI e ficava à mercê de um processo disciplinar.

Manuela Moura Guedes acusa o Regulador de não ter tido interesse em ouvi-la, no âmbito do processo de suspensão do ‘Jornal Nacional de 6ª-Feira’ da TVI e fala mesmo numa prática de "asfixia", numa carta enviada à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), a que o CM teve acesso.
No documento, de 30 de Setembro, a jornalista escreve: 'As quinze perguntas que a Entidade Reguladora me formula obrigar--me-iam, da primeira à última questão posta, a entrar em contradição com a versão dos factos contada pela Administração.' Moura Guedes acusa o Regulador de não a ter protegido, deixando--a à mercê de um processo disciplinar e de ouvir ' quem manda e tem o poder'. 'Eu não queria sigilo, mas sim que a ERC me garantisse, por escrito, que as minhas respostas não pudessem ser utilizadas pela TVI para um processo disciplinar e até despedimento', diz a jornalista, acrescentando que se trata de 'um procedimento normal dentro do sistema jurídico. A relação que se estabelece entre mim e a ERC é superior ao dever que eu tenho para com a entidade patronal. O interesse público que há em apurar a verdade, é maior que o meu dever de lealdade', explica Manuela sentindo-se assim asfixiada por não lhe garantirem o direito de não ser prejudicada pela entidade patronal.
A ERC diz que não pode 'garantir essa protecção à priori' ou seja, primeiro teria de ouvir a jornalista.
CM

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