sábado, novembro 21

HORA J





Prefácio:
    Venho apresentar-me aos nossos visitantes como a abreviatura Cia, da sociedade em ascensão MundoTVI e Cia. Espero que apreciem da minha companhia, pois daqui em diante ver-nos-emos todos os sábados. Embora, e ainda que por pouco, não seja uma profissional na arte, irei expressar-vos a minha opinião sobre determinados assuntos, todos eles passados dentro do canal TVI. Não pretendo ferir susceptibilidades. Como tal espero que aceitem os meus comentários como uma mera opinião que pode, eventualmente, divergir da do estimado leitor. Qualquer reclamação, a opção Comentar não se encontra disponível apenas para embelezar esta janela.
    Caso padeça da temível, e não tão rara quanto isso, preguiça mental, este parágrafo é para si (uma demonstração em como MundoTVI e Cia. Pretendem chegar a todos os leitores, sem descriminação alguma) Eu, Cia, vou-vos deixar um comentário semanal sobre os mais variados teores.


Comentário:
    Era uma vez um programa onde jovens portugueses eram apresentados ao mundo do espectáculo. Avozinhas choravam, paizinhos e mãezinhas deliravam. Os meninos cantavam, os apresentadores brincavam e Rita Pereira brilhava (ou pelo menos ela assim pensava).
    O público admirava todo este espectáculo.
O panorama parecia convencer. Tinha tudo para ganhar: boa música (a maioria das vezes), crianças encantadoras, espaço para a opinião do público e a descoberta de um novo leque de oportunidades. Infelizmente, o público também é humano e, como tal, cansa-se.
    Se as primeiras exibições foram um sucesso de audiências, as últimas têm sido um desastre, ficando muito aquém das expectativas da direcção do canal de Queluz de Baixo. A TVI é assim, um canal muito versátil.
    Ultrapassar o sucesso e qualidade do primeiro programa era tarefa difícil e, na minha opinião, impossível. Vozes como as de Miguel Guerreiro, Beatriz Costa (entre outros) nunca mais seriam ouvidas. Os seus sucessores apenas conseguiam distinguir-se por outros meios, nomeadamente pelas suas vidas turbulentas, relações amorosas, progenitores de confiança duvidosa ou mesmo etnias divergentes. Os que não possuíam destes meios em seu favor, tentavam chegar aos corações do público pela sua delicadeza infantil ou pela sua vivacidade. Pena que, durante esta jornada de encontro à estima dos telespectadores, se tenham esquecido que a assistência possui um sentido muito importante no mundo da música: audição. Como tal espezinharam, apedrejaram e ignoraram este facto ao longo de toda a sua estadia. É de lamentar que vozes talentosas, mas com personalidades desprovidas da tão apreciada “desgraça à portuguesa” tenham ficado para trás, para sempre esquecidas nas entranhas da memória dos espectadores portugueses.
    Perante a carência de um programa para entreter os espectadores ao Domingo à noite, os mais respeitáveis chefes de família viram-se obrigados a pegar no comando televisivo e exercitar os seus preguiçosos polegares na cansativa actividade que é o zaping.
    No entanto, este sacrilégio na noite da Santa Moleza, não foi em vão. Encontraram um programa onde podemos ver os mais variados bichos a produzir os mais estapafúrdios sons. Não meus senhores, não estamos num circo… estamos nos Ídolos! Qual é a melhor maneira de recarregar a nossa dose de auto-estima para uma semana de trabalho? Vendo que, afinal, há por aí pessoas que, na televisão, conseguem fazer figuras ligeiramente piores que nós quando nos encontramos no chuveiro.
Perante estas duas opções, cabe-vos a vós, meu senhores fazer a escolha.


Por: Cia

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